O CANTOR E O PREDADOR

Eis que surge das ramadas

O grande da rapinagem -

Gavião de garras afiadas -,

Vergastando a folhagem.

Empoleirado num rosal

Canta o pequeno rouxinol

Brindando o pôr-do-sol -

-Toco de vela no castiçal.

Há fome pra saciar-se da presa,

Mas o predador se embevece

E de emoção sua asa fica tesa.

Logo, o hipnótico cantar se cala

E com fome o predador padece

Encoberto na noite cor de opala...

..

“PRIMUM VIVERE, DEINDE PHILOSOPHARI”

( PRIMEIRO VIVER, DEPOIS FILOSOFAR).

(aplicado àqueles que, por especulações abstratas,

deixam de conseguir o necessário para a subsistência)...

Nay
Enviado por Nay em 09/12/2009
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