Tua alma rota.
Cai o orvalho da flor e já não te encantas
Rude teu orgulho, morto teu coração
Vês o dia a findar e já não te espantas
Rota a tua alma, profana tua oração
A manhã que vem à larga no horizonte
Já não te causa dor ou contentamento
A escuridão que se deita atrás do monte
É a falácia dura e triste do teu sentimento
Ah! Anátema que te pôs em degredo,
em servidão. Mentes agora o teu segredo
Mente teu corpo nu, envolto em solidão
Violando as leis que te trouxeram até então
Resta este simulacro de vida, precário e tosco
A parasitar um espírito tacanho, débil e fosco