Caixa de Ossos

Mármore frio fere a esta criatura

Cemitério abjeto a agonia constrói

Tez última da fera se corrói

Infausto esquife na vil sepultura.

Tanta soberba em vida de usura

Báquico ser que expirou e hoje dói...

Um esqueleto torpe que se destrói

No espectro teu uma verve tenaz e obscura.

Ossos do teu esquecimento temporal

Casta funesta e triste que não aprende

Que no fim só sobrará o frígido osso.

Restos sórdidos na curva do mau

O coração frio a tortura se prende

Na caixa infernal o fundo do poço.

HERR DOKTOR

HERR DOKTOR
Enviado por HERR DOKTOR em 18/07/2006
Reeditado em 13/04/2009
Código do texto: T196640
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