Soneto de rompimento
Acabou assim, distante e triste
E em teu semblante o flagelo
De algo que certamente não quero.
A dor que em mim persiste.
E num instante o amor insiste,
Mas não tenho força e assim espero
Na ansiedade fatalmente desespero
O ensinamento que no final eu conquiste.
O principio se esconde como nuvem escura
Deturpado de magoas e quando vem à solidão
Deixa-me perdido, as águas na lagrima dura.
Escorre num final que atordoa o coração.
Se desfaz, pois o que me resta onde nada segura
Só existe o fim, quando do início não se lembra não.