E O POETA SE VAI...
O desejo se foi. Foi-se o motivo
das rimas romanescas, mas reais,
de vazar, nos meus versos, como vivo,
de ser verdade em vidas virtuais.
A vontade se vai. Vou, volitivo,
como corcel cansado dos currais.
Omito-me do ópio obsessivo
da métrica, medida mais e mais.
A ilusão se vai. Vão-se meus sonhos,
as demências ditosas dos desejos,
os sons suaves, os tonais tristonhos.
Poeta deserdado por despejos,
vou-me dos versos vernos e tardonhos,
beijando abraços e abraçando beijos.
Odir Milanez da Cunha
O desejo se foi. Foi-se o motivo
das rimas romanescas, mas reais,
de vazar, nos meus versos, como vivo,
de ser verdade em vidas virtuais.
A vontade se vai. Vou, volitivo,
como corcel cansado dos currais.
Omito-me do ópio obsessivo
da métrica, medida mais e mais.
A ilusão se vai. Vão-se meus sonhos,
as demências ditosas dos desejos,
os sons suaves, os tonais tristonhos.
Poeta deserdado por despejos,
vou-me dos versos vernos e tardonhos,
beijando abraços e abraçando beijos.
Odir Milanez da Cunha