Claridade

Qualquer semana dessas, que me vires

A olhar o céu noturno sem palavras,

Estou em estranha nuvem de prazeres

(Os prazeres das Almas sempre escravas)

Se mais o corpo quente meu sentires

Mais perto estou de ver o céu que lavras

Por entreolhos de cândidas matizes:

Iluminado céu de estrelas alvas

Não te rias porquanto, admirado,

Me fundo no teu corpo de manhã

E ficamos num abraço demorado

É que a Dor pôs - me gosto em cada coisa

Cada alegria dispersa ou culpa vã

Ou traço d'água que, em meu rosto, pousa...

Gabriel Castela
Enviado por Gabriel Castela em 04/12/2009
Reeditado em 15/11/2011
Código do texto: T1959869
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