Fim de tarde
Flor nesta bela tarde de sol pleno
Na alma tenho profundo e temeroso
Abismo só esperando generoso
Toque para rumar ao vão sereno...
Nos braços, torpor tórrido do aceno
Carregava um sorrir tão desgostoso
Quem só quis ter um futuro grandioso
Somente almeja o plácido veneno
Quem já não mais encontra apraz brandura
Neta vida, e vê passar num momento
Sem virtude inerente em vã loucura
E este amor luzirá no esquecimento
Eterno de quem morre sem bravura
Sem conhecer seu gosto ou seu alento...