*SOBREVIVENTE

Sobrevivendo na selva de pedra
Recolhi a cada dia uma emoção
Horas via o desespero que medra
Em outros a busca do amor em vão

Risos, flores, e palmas na cabana
Lágrima festejando o inesperado
O coração faminto olhar porcelana
Bebia o amor apagava o achado

O olhar vago, míope na distância
Tudo via e empurrava com torpor
A correnteza seguia em vacância

Um conto à vida a cada despertar
Um poema emoldurando a mor
Eu probo, cega fiz da vida poetar
                                         sonianogueira

Quem dera ter a sensibilidade
Proporcionando à vida, sentimentos.
Tampouco tenho alguma habilidade,
Meus passos na cidade seguem lentos.

Promessas? Tantas fiz, mas a saudade,
Ainda me atormenta em seus lamentos,
Os olhos de teus olhos tão sedentos,
Buscando em pleno dia a claridade;

Usando esta moldura: coração,
Um tolo marinheiro segue a bordo
E quando solitário, enfim acordo,

Procuro pela tal embarcação,
Perdida em algum cais, porto seguro,
Sem ter a fortaleza de um amor puro...
                                                     marcos loures
Sonia Nogueira
Enviado por Sonia Nogueira em 02/12/2009
Código do texto: T1956677
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