Soneto nº 04

Nessa vida mais nada me fascina,

Se te amar já não mais valer a pena.

Mesmo a vida, se mui calma e serena,

Tentar-me a esquecer de minha sina,

Não verá em minha alma assassina

Intenções do vil ódio que envenena,

Chega e invade, aos poucos, toda essa cena

E aos poucos nos injeta a estricnina.

E nossas almas vão enfim aos ares,

Todas mortas, sem sonhos e esperanças,

Que viver não são mais do que lembranças

De um passado feliz em nossos lares.

Mas jamais poderá com tais ações

Desunir, na vida, dois corações.

Leandro Domiciano
Enviado por Leandro Domiciano em 02/12/2009
Reeditado em 02/12/2009
Código do texto: T1955469
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