SONETO DA SAUDADE

Estava em meu repouso tranquilo

E uma voz em meu ouvido invadiu

Um som suave e repentino, nunca vi aquilo

Mas despertou-me a da mente não saiu

Dizia: Vem cá, e veja e talvez reconheça!

E mesma voz contigo trazia flashes de imagens

Passando, filmes e melodias em minha cabeça

Pessoas, lugares, fatos, olhos e paisagens

Foi como se do presente, voltasse ao tempo passado

E sem controle ou motivo, águas dos olhos brotaram

Rasgando na memória o que estava costurado

Me dei conta então, que a vida se divide em duas metades

Uma parte presente e com pensamentos no futuro

Mas outra nos leva ao passado e chamamos de saudades