Minha Vela
Com medo escrevo como um jovem prematuro,
Já que sabes que em mim desperta a virgindade
De versos e rimas que busco no meu eu mais puro,
A melodia e harmonia para te compor em vaidade.
Ah, como queria que soubesses o que é passar a vida
Ao meu lado num banco qualquer de praça a recitar-te
Poesia ímpar que é o diálogo íntimo criado na alegria
Do nosso dialeto de amor tão seleto que estou a cantar-te:
“Oh semente de amor, tu viestes do passado ou do futuro,
Caminhas com leveza tanta e imune de pecados profanos,
Que meus olhos mussitam lágrimas de emoção que conjuro.”
E é neste dilúculo que a vejo como luz de minha eterna vela,
Aquela que irá iluminar minhas noites de inspiração, una e só,
Pois neste coração noivo somente há vontade de esposar-te Bela!