Soneto n. 110
DÁDIVA
(Soneto n. 110)
*
E a Luz que surgiu no jardim
é uma gema da cor do ouro,
é ouro que vale um tesouro,
é o tesouro que me é festim.
Sim, a dádiva que vem a mim,
sem manchas e sem desdouro,
é esplendor em grande estouro
a tingir todo meu céu de carmim.
Essa beleza que ora ela evoca,
desperta os sonhos e as lendas
e, em mim, uma ternura provoca.
Que doce, que terna lembrança:
do rio, do campo... das fazendas,
carreando minha vida de criança!
***
Silvia Regina Costa Lima
11 de novembro de 2009
Obs: Poesia apenas do eu-lírico - eu não nasci e não vivi
em fazendas. Sou paulistana de Sampa mesmo.