NA ROÇA DOS CORRUTOS [CXLIII]
(Para a maioria dos brasilienses)
De tudo a gente vê na roça dos corrutos:
aquele que, sem dó, trepado nos tamancos
do poder, arrastou dos cofres lá dos bancos
o dinheirão do povo, e mais dos mamelucos.
Outro que já foi pego, em flagra, na trapaça,
mas, mudando cuecas, terno e de partido,
outra vez elegeu-se para ser ungido
nos santos óleos do povão que o quis de graça.
E o patife, na grande, reincide em crime,
porque tem por impune corja ladravaz
que, com ele, de bola, joga em mesmo time.
Mas o lombo do mal, ao léu, ressalta à vista:
governante lalau, larápio contumaz,
é para ver quadrado o Sol, e em negra lista.
Fort., 28/11/2009.