POR ONDE ANDO...( II )
Sob as labaredas, nos semáforos das esquinas...
Eu ando descuidada entre o fogo dos dragões,
Sob olhares que destroem minha ingênua fantasia
Entre as alcatéias submersas no subsolo dos porões!
Eu ando a rejeitar os sentimentos ociosos
Sob o ardor arrefecido da loucura das paixões!
Eu ando a caminhar pelos asfaltos arenosos,
Qual um pântano que engole o tráfico das ilusões.
Eu ando a renegar todo desejo traiçoeiro
Qual um cão que sente o cheiro daquilo que é podridão,
Eu ando a poetar -a vida!- pelos canteiros...
Qual uma flor- que por inteiro- desabrocha em emoção.
Eu ando pelo mundo, sem entender o seu enredo,
Embora nesse soneto, seja eu!- só coração.