Soneto
(A uma alma perdida)
Avisto almas, que perecem em vão
Ardendo ígneas desesperadas
Obscuras e vidradas,
Na triste incerteza de onde vão
Minh'alma, clama por ajuda-las
Sim, mas não posso atar
Pois Deus ele é quem há
De nesta terra mísera tarda-las
Inorgânicos perecem porque tem
Horrendos crimes, na vida de onde vem
E cicatrizes em teus necrosos corpos
Surripiados a vil mão destruidora
Jazem a coorte conflagradora
Fazem jus, e vivem como porcos