Soneto

(A uma alma perdida)

Avisto almas, que perecem em vão

Ardendo ígneas desesperadas

Obscuras e vidradas,

Na triste incerteza de onde vão

Minh'alma, clama por ajuda-las

Sim, mas não posso atar

Pois Deus ele é quem há

De nesta terra mísera tarda-las

Inorgânicos perecem porque tem

Horrendos crimes, na vida de onde vem

E cicatrizes em teus necrosos corpos

Surripiados a vil mão destruidora

Jazem a coorte conflagradora

Fazem jus, e vivem como porcos

Bernardo Reis
Enviado por Bernardo Reis em 28/11/2009
Reeditado em 26/07/2023
Código do texto: T1948977
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