Entre Tardes
Espelhos dos meus mundos destelhados
na superfície líquida das águas;
e nas calhas das rimas descem chuvas,
enlevam signos, fábulas, miragens...
Desenhos sem retoques, sem disfarces
assumem nuvens, credos e caminhos;
e falam as esperas de outros passos...
Em mares se derramam como espumas.
Espelhos dos meus versos alquebrados
balançam nos barrancos das encostas,
refletem entre tardes meus poemas...
E minhas solidões troam lamentos,
esquecem que amanhã virá o Sol,
que a noite sempre sonha essa canção.
Gigio Jr (Versos Brancos-2009)