Relógio do Tempo
Relógio do Tempo
Tarde primaveril, aragem salutar
Caminho por entre árvores seculares
Uma delas conhece os meus pesares
Não sei se rio ou se me ponho a chorar
Sombras de meu vulto parecem dançar
Trazendo a lembrança d’outros lugares
Encontros secretos sob outros luares
Um amor proibido, uma vida a pensar
Olhos nos olhos, silêncio conivente
Longos suspiros, respiração ofegante
Viagem completa, realidade e fantasia...
O relógio do tempo assaz implacável
Transformou o grande amor memorável
Em tênue e singela página de uma poesia.
Norma Bárbara