Vãos amores
Deixa que eu suspire nos teus braços,
amorosa diva acetinada,
me faz dormir com teus mimosos traços
e te eterniza como minha amada.
Quero colher da tua alma aflita
a flama sibilante dos anseios,
e a solidão que tua noite agita
devo esconder na alvura dos teus seios.
Não me tire nunca mais desta clausura,
quero agrilhoar-me em teu regaço,
viver meu derradeiro devaneio;
e tu sabes que é melhor essa loucura,
deixar minh'alma te premer num laço,
do que livre dos amores, que não creio.