Eras

Eras entre os amores, preferido,
À noite o raio de luar e o sol
Que dava ao dia o brilho e o sentido;
Da primavera, o encanto do arrebol

E, também, eras música ao ouvido...
Contigo o encanto e a cor da natureza,
O livro aberto que nunca foi lido;
Eterna dúvida e pouca certeza,

A clara solidão do meu caminho,
A rota, o desatino do meu rumo,
E a frouxa gratuidade das quimeras.

Se o teu melhor segredo eu adivinho,
As dores do abandono, enfim, assumo,
Em face da alegria de outras eras.



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