A minha fama atroz...
Eu tenho a fama atroz de estar em toda história,
Mostrar no olhar meu amor por tudo o que é singelo -;
Brincar no eterno e até sorrir de toda escória,
Fazer do verso um bom exemplo do que é belo...
Eu tenho a fama atroz de ouvir violoncelo,
Ter na minha’alma a paz que move uma memória,
Salvar do acaso a dor de um triste ritornelo,
Compor no espaço o olhar sem ódio, fama ou glória...
Eu tenho a fama atroz de sempre estar errado,
Fazer do ocaso o que é mais belo e prometido,
Guardar no espelho o olhar vazio e dissimulado,
Fazer do amigo alguém sem brilho e corrompido...
- Eu tenho a fama atroz de amar sem ser amado:
Sonhar que existo, enfim, num verso apenas lido...
Eu tenho a fama atroz de estar em toda história,
Mostrar no olhar meu amor por tudo o que é singelo -;
Brincar no eterno e até sorrir de toda escória,
Fazer do verso um bom exemplo do que é belo...
Eu tenho a fama atroz de ouvir violoncelo,
Ter na minha’alma a paz que move uma memória,
Salvar do acaso a dor de um triste ritornelo,
Compor no espaço o olhar sem ódio, fama ou glória...
Eu tenho a fama atroz de sempre estar errado,
Fazer do ocaso o que é mais belo e prometido,
Guardar no espelho o olhar vazio e dissimulado,
Fazer do amigo alguém sem brilho e corrompido...
- Eu tenho a fama atroz de amar sem ser amado:
Sonhar que existo, enfim, num verso apenas lido...