DESVARIO
(Soneto Byroniano).

À sombra da ilusão tivesse amado
A quem tivera a mim por esquecido
No corredor do tempo o umbral vencido
E ao coração deserto haver chegado.

Tão triste o coração haver pulsado
Co’ este punhal magoado o ser ferido
Ecoando a dor latente, e preterid
Corpo e alma rasgando o passado.

Tal como o vento bravo no arvoredo
Em folhas verdes, n’água soluçante
Por sobre as pedras no leito do rio

Rasgo o meu ser, como rasgou Manfredo,
E o jovem Werther por Charlotte amante
E Goethe levou Byron ao desvario.



* Foto: Lord Byron
             Google. 
LordHermilioWerther
Enviado por LordHermilioWerther em 22/11/2009
Reeditado em 07/11/2013
Código do texto: T1938601
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