AQUELES OLHOS...
AQUELES OLHOS
Vê, o tempo passa. Não, o tempo não passa,
tu passaste por ele e te vi sorridente
pois paraste na rua bem de mim em frente,
mostrando-me toda a tua beleza e graça.
Bem jovem então eras e eu guardei na mente
o sentimento que até hoje me perpassa.
Mas foste embora desta rua e... que trapaça!
nunca mais vi olhos sorrirem tão docemente.
Juro que procurei nas ruas do destino;
nos salões e nas praias passei pente fino;
nada tão lindo encontrei. Tudo era ilusão!
Procurei teu rosto entre as lides das novelas;
qual zumbi vaguei entre os barracos das favelas
... fui achar-te num cantinho do coração.