DOR IMORTAL
Quantas noites velei minha agonia,
Com fortes esperanças e sem velas,
Em silenciosas e invisíveis celas,
Onde minha maior dor não morria.
Pois, já na madrugada no outro dia,
Via em meu coração imensas telas,
Se abriando como diversas janelas,
A revelar-me a dor que ainda vivia.
E quando por desespero eu sorria,
Calava-me os espasmos da tortura,
Da feroz imortal melancolia.
Porém, num breve acesso de loucura,
Verti minha dor imortal e fria,
Em canções e versos de angústia pura.
E.A.S ED SILVA – 21/11/2009 –SP