Tenho fome

Tenho fome

Não sei se ainda é dia, tarde ou madrugada

Contigo me estreitando com infinita ternura

Esqueço o manto do negrume da noite escura

A alma mitiga ávida a fome de amor sonhada

Corro contra o tempo, tenho fome de ser amada

A carícia de seus lábios arrepia-me com doçura

Fantasia e realidade se digladiam com loucura

Num mar revolto de intensa paixão libertada

Ganha dimensão descomunal o desejo no peito

Represá-lo é tentar deter a maré, não tem jeito

E o grito explode na garganta seca-Fome de amor...

Na troca se aplacam e desvendam os mistérios do ser

Os sonhos ganham vida e nesse lascivo querer

A lagarta vira borboleta com nitidez multicor.

Norma Bárbara

Norma Bárbara
Enviado por Norma Bárbara em 22/11/2009
Reeditado em 25/11/2009
Código do texto: T1937484
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