Gemidos da Modernidade

A noite escurece o meu quarto fechado

A luz fria do computador ilumina meus olhos.

Permaneço quase imóvel, ludibriado

Ao som descompassado dos teclados

E meus textos anêmicos sem sabor

Mostram minha alma carcomida e opaca.

Neles exprimo versos sem rima

O incomodo da solidão

Epitáfios deslizam pelos dedos

Como se a dor pudesse ser vista

Como se a dor pudesse ser descrita

Gemidos da modernidade

Para quem escolhe um túmulo

De porta fechada sem paz.