ÉCLOGA DO CORAÇÃO

Pondo os olhos nos montes do sertão,

Vê se as nuvens tristes sobre o verdor,

Onde o poente sol repousa o calor,

E nasce a noite em farta escuridão.

Compõe se a cena da contemplação,

As águas do riacho pairando em dor,

Lançando a quietude pra sobrepor,

O ritual que remonta a solidão.

Nem um pássaro cantarola rouco;

Só o silêncio cobrindo a imensidão,

Revelando a agonia pouco a pouco.

Assim nasce a bucólica canção,

Os sinceros versos de um vate louco;

Cenário do seu próprio coração.

E.A.S – Ed Silva 18/11/2009 – SP

ED SILVA
Enviado por ED SILVA em 21/11/2009
Reeditado em 21/11/2009
Código do texto: T1936045