V
O sol, rasgando o véu da noite, se agoniza,
e verte farto sangue, a aquarelar o céu,
consigo traz o dia e, com fulgor, batiza
a vida que, na terra, viça e brota ao léu.
As aves deixam seus aconchegantes ninhos,
e voam livres pelo céu azul de anil,
o colibri desperta a rosa com beijinhos,
em tudo se irradia a luz do sol febril.
De minha rede vejo, alegre, o que se passa,
o dia a desmaiar, o céu que se esfumaça
e a lua resplendente, tira o véu e sai.
E ponho-me a pensar que a morte a tudo abraça,
mas tudo recomeça com tamanha graça,
que arranca do meu peito suspiroso ai.
Cuiabá, 20 de Novembro de 2009.
Livro: CICLOS, pg. 29
O sol, rasgando o véu da noite, se agoniza,
e verte farto sangue, a aquarelar o céu,
consigo traz o dia e, com fulgor, batiza
a vida que, na terra, viça e brota ao léu.
As aves deixam seus aconchegantes ninhos,
e voam livres pelo céu azul de anil,
o colibri desperta a rosa com beijinhos,
em tudo se irradia a luz do sol febril.
De minha rede vejo, alegre, o que se passa,
o dia a desmaiar, o céu que se esfumaça
e a lua resplendente, tira o véu e sai.
E ponho-me a pensar que a morte a tudo abraça,
mas tudo recomeça com tamanha graça,
que arranca do meu peito suspiroso ai.
Cuiabá, 20 de Novembro de 2009.
Livro: CICLOS, pg. 29