soneto de amor como ódio

Estranho amor o que chegamos a sentir

Talvez seja o nada, a povoar a densa imensidão

Quem sabe um sorriso, mistério incerto, abrande a fronte

E seja o ódio, como por sangue, do amor irmão!

Talvez as brigas sejam grandes demonstrações de amor

E tocar seja, tão somente, o mais importante a fazer

E se o querer, bem sabes, transforma o coração

Não há nada mais, vos conto!!! Que reine o poder!

O amor, te segredo, é grande poesia

E deste sol, dizem oráculos, nasce a luz

Seu peso? - desconheço! Mas se não me buscam alegrias...

Seja talvez o ódio àquilo que, infame, conduz

Mais forte e intenso, qual tresloucada ventania

O amor, pobre ingênuo, a se render nessa cruz!

dhália
Enviado por dhália em 13/07/2006
Código do texto: T193337