soneto de amor como ódio
Estranho amor o que chegamos a sentir
Talvez seja o nada, a povoar a densa imensidão
Quem sabe um sorriso, mistério incerto, abrande a fronte
E seja o ódio, como por sangue, do amor irmão!
Talvez as brigas sejam grandes demonstrações de amor
E tocar seja, tão somente, o mais importante a fazer
E se o querer, bem sabes, transforma o coração
Não há nada mais, vos conto!!! Que reine o poder!
O amor, te segredo, é grande poesia
E deste sol, dizem oráculos, nasce a luz
Seu peso? - desconheço! Mas se não me buscam alegrias...
Seja talvez o ódio àquilo que, infame, conduz
Mais forte e intenso, qual tresloucada ventania
O amor, pobre ingênuo, a se render nessa cruz!