Virdes meu Anjo!
Virdes meu Anjo!
Os dias de cão não têm dono, meu amor!
Chegas quieto, sem avisar, devagarzinho
Olha-te da cabeça aos pés, e vês-te dor...
Virdes da sua história o nosso caminho!...
Rogar assim! Como podes? Não tens pudor?
Faças o que quiserdes, mas de mansinho...
Tu és puro? Tens engano? Tens rancor?
Tu choras? Não vês, que é triste e sozinho?...
Virdes para amar-te sobre tudo que têm!...
Mas espera! Olha-me: Não sou de ninguém!
Sou uma vida-caída, um morro que desceu...
Mas amor, lá em cima, tem uma esperança!
Não vês? Olha aquele Anjo; tanta aliança...
Queres casar com Deus? Ó amor, Ele é teu!
(Poeta- Dolandmay)