Poema imerso

De palavra em palavra surge o verso
de verso em verso vou dizendo tudo
que brota lá do imo, ébrio e mudo,
trazendo à tona meu poema imerso;

e vão brotando tantos versos, tantos,
quais as velozes  águas das cascatas
que, fluídas, vão correndo pelas matas,
tais quais, em mim, os meus silentes prantos;

e minhas águas nunca rolam ao léu,
de palavra em palavra rasgo o véu,
transformo em versos minha dor cerzida;

aos poucos, rabiscando esses poemas,
vou digerindo todos os dilemas,
que brotam, sem cessar, no chão da vida.
 

Edir Pina de Barros

POL, 19 de Novembro de 2009
Mote: Kate Weiss - De palavra em palavra


Sent: Thursday, November 19, 2009 10:18 AM
Subject: Re: poema imerso//

Maravilha de imersão! Há nesse poema uma musicalidade... Algo que prende e flui como um coração... E que coração?Bjs de sua amiga sempre, Marília


Sent: Thursday, November 19, 2009 9:53 AM
Subject: Re: poema imerso//
 
Ótimo querida, ótimo! Meu fraco em poesia é o soneto e você trabalha-o bem, muito bem. MEU CARINHO E MEUS CUMPRIMENTOS.     

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Interação: Nuno Lago


Águas serenas ...
 
As águas do meu lago
São profundas mas cristalinas
Só versos, não prantos, lá se beijam imersos
 
Nas margens dançam belas, felizes Sílfides
Que ao pôr-do-sol chamam por faunos
Que as perseguem em seus bailados
 
De palavra em palavra se apaixonam
De verso em verso se vão entregando...
De poema em poema se vão sublimando
 
E eu, inundando de mim o meu amor
Acendo estrelas no seu olhar.

 
Publicado no Recanto das Letras em 19/11/2009
Código do texto: T1932539


Vide:http://www.recantodasletras.com.br/prosapoetica/1932539

Abraços, meu amigo! Meus carinhos, sempre, Edir

Edir Pina de Barros (Flor do Cerrado)
Enviado por Edir Pina de Barros (Flor do Cerrado) em 19/11/2009
Reeditado em 19/12/2012
Código do texto: T1932215
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