Amor (Soneto da Utopia)

Ah! minha querida, quanta saudade
daquele beijo que te dei em pensamento
do teu perfume que senti ao sabor do vento
do teu abraço que nunca provei de verdade.

Quanta saudade tenho da liberdade
que não me deste para meu contentamento,
como me lembro do dia do nascimento
dessa utopia que chamei felicidade.

Hoje apenas esta lembrança eu sinto,
hoje apenas tortura-me esta dor
que rasga-me por dentro feito absinto!

Ah quem me dera no tempo poder voltar;
Se eu pudesse reeditar o que passou
eu nunca mais brincaria de amar!