SEGUNDA ROSA DO ORIENTE

SEGUNDA ROSA DO ORIENTE

Não vejo o dia de chegar o tempo

em que de rosas seja toda espera

como nos dias em que fico atento

e invento rosas para a primavera.

Não há deleites a não ser o alento

de ver o tempo regressar com ela

da doce esfera do contentamento

ao venturoso amor que regenera.

O amor da rosa que virá semente

do meu jardim secreto do oriente

para os canteiros rústicos do mar.

Talvez a vida seja o mar de rosas

que a despeito das vias arenosas

não se ferem nas pedras do luar.

Afonso Estebanez

Afonso Estebanez
Enviado por Afonso Estebanez em 18/11/2009
Código do texto: T1929748
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