Prece de menino de rua
O pão de cada dia, onde está Senhor?
O nosso pão sagrado que, jamais, eu vi,
que nesta minha vida nunca nem comi,
o nosso pão de cada dia é fome e dor.
O pão ninguém reparte, seja onde for,
nas ruas onde vivo e sempre só vivi,
ninguém escuta a mim e não escuta a ti...
O pão de cada dia, onde está Senhor?
Nos becos e sarjetas sempre vivo assim
desamparado, sem amigo, sem escola,
a me arrastar, pedindo pão, pedindo esmola.
Imploro luz, Senhor, onde a penúria assola,
razão para viver, olha também por mim,
que condenado estou a ter um triste fim.
Cuiabá, 17 de Novembro de 2009.
Livro: Cantos de Resistência, pg. 53
O pão de cada dia, onde está Senhor?
O nosso pão sagrado que, jamais, eu vi,
que nesta minha vida nunca nem comi,
o nosso pão de cada dia é fome e dor.
O pão ninguém reparte, seja onde for,
nas ruas onde vivo e sempre só vivi,
ninguém escuta a mim e não escuta a ti...
O pão de cada dia, onde está Senhor?
Nos becos e sarjetas sempre vivo assim
desamparado, sem amigo, sem escola,
a me arrastar, pedindo pão, pedindo esmola.
Imploro luz, Senhor, onde a penúria assola,
razão para viver, olha também por mim,
que condenado estou a ter um triste fim.
Cuiabá, 17 de Novembro de 2009.
Livro: Cantos de Resistência, pg. 53