Súplica de violeiro
Ó, lira minha que calada está,
ó, companheira certa, meu suspiro,
não vês que estou sofrendo, nem respiro,
na beira desse rio Cuiabá?
Lamenta, chora só caracaxá,
sem ti não sou mínguem e nada aspiro,
viola de cocho nem sequer eu firo,
calado está também o meu ganzá.
O povo está tristonho e jururu!
E cheia está gamela de pacu...
E, do pequi, exala o doce cheiro.
Meu São Gonçalo, que é casamenteiro,
está calado e triste no terreiro,
sem siriri, sem reza e cururu...
Cuiabá, 17 de Novembro de 2009.
Livro: Poesia das Águas, pg. 63
Ó, lira minha que calada está,
ó, companheira certa, meu suspiro,
não vês que estou sofrendo, nem respiro,
na beira desse rio Cuiabá?
Lamenta, chora só caracaxá,
sem ti não sou mínguem e nada aspiro,
viola de cocho nem sequer eu firo,
calado está também o meu ganzá.
O povo está tristonho e jururu!
E cheia está gamela de pacu...
E, do pequi, exala o doce cheiro.
Meu São Gonçalo, que é casamenteiro,
está calado e triste no terreiro,
sem siriri, sem reza e cururu...
Cuiabá, 17 de Novembro de 2009.
Livro: Poesia das Águas, pg. 63