Paz interna!
 
Estancaram-se as lágrimas aflitas,
Nenhuma dor lateja no meu peito...
Pela janela desta vida espreito,
Distantes já se vão minhas desditas!
 
No céu de minha vida, quais pepitas,
Estrelas brilham! Tudo está perfeito!
Na minha rede, só, feliz me deito
Em paz comigo, quais os eremitas...
 
E já se foram tantos dias, luas,
Os sentimentos loucos, vãos, fugazes...
Dentro de mim, também, sequer tu jazes!
 
Não mais navalham minhas carnes nuas,
Sangrando minha tez, saudades tuas...
Desejos tão pungentes, tão vorazes!
 
Edir Pina de Barros (Flor do Cerrado)
Enviado por Edir Pina de Barros (Flor do Cerrado) em 17/11/2009
Reeditado em 25/11/2009
Código do texto: T1928455
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