Bálsamo

Tinge-se a fúria em tons como escarlate

Se bate a distorcida voz serena

Na pequena mão vazia que invade

A parte que mais dói da minha Alma

Eu a perco em cada esquina da cidade

Sem alarde, sem sequer a mais amena

Comoção da mais terrena Caridade

Em teus braços, tempestade da minha calma

E o teu riso, antes Bálsamo sagrado,

Hoje traz recordações de um céu ruído

E de um som, a dor e sangue, esquecido:

O ressoar de vento e chuva no telhado

Nosso último perdão ecoa e rouca

Tua lágrima seca lenta em minha boca...

Gabriel Castela
Enviado por Gabriel Castela em 16/11/2009
Reeditado em 16/11/2011
Código do texto: T1926568
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