Bálsamo
Tinge-se a fúria em tons como escarlate
Se bate a distorcida voz serena
Na pequena mão vazia que invade
A parte que mais dói da minha Alma
Eu a perco em cada esquina da cidade
Sem alarde, sem sequer a mais amena
Comoção da mais terrena Caridade
Em teus braços, tempestade da minha calma
E o teu riso, antes Bálsamo sagrado,
Hoje traz recordações de um céu ruído
E de um som, a dor e sangue, esquecido:
O ressoar de vento e chuva no telhado
Nosso último perdão ecoa e rouca
Tua lágrima seca lenta em minha boca...