Soneto de Um Peregrino Crédulo

Como uma criança, acariciei os cabelos teus,

Buscando lentamente o arrepio de tua nuca,

Enquanto tu apenas fugiste de forma astuta

Evitando os desejos que estão nos olhos meus.

Mas como quem duvida do real e vai à luta

Duvidei de tua fé como os incrédulos ateus:

Sempre insatisfeitos com verdades de jubileus,

Provando-te que sem luta, inexiste vitória injusta.

Porque duelar contra a essência dos nossos eus

Se a emoção não deve existir em atitudes pensadas,

Mas, sim, em sentimentos dos meus olhos nos teus!

E fitando o teu olhar de “cigana dissimulada”,

Abraçando-te contra a parede, beijei os lábios seus,

Dando fim à disputa de palavras desleixadas...

Daniel S Gomes
Enviado por Daniel S Gomes em 15/11/2009
Código do texto: T1925409
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