SONETO DO AMOR ADORMECIDO

SONETO DO AMOR ADORMECIDO

Jorge Linhaça

O nosso leito desfeito no tempo

Ainda guarda teu raro perfume

Hoje disperso; tão longe do lume

Cheira saudade a todo momento

Foi-se no vento meu contentamento

Culpo o destino? Apenas queixumes.

Aonde o amor? Detrás dum tapume?

Aonde a paixão? Cruel contratempo.

Sonhos de verão, nas noites vazias

Reminiscências do não permitido

Fez o destino mil estripulias

Gerou o medo e a indecisão

Hoje o perfume, no ar diluído

Cerra os ouvidos à voz da paixão.

Arandu, 14 de novembro de 2009

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" A Grande Jornada"

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