Um Peregrino Alucinado

Peregrinando por entre a noite cinzenta

Enxergo no interior da névoa opaca

Um ser estranho, daqueles que escapa

À compreensão do que nos sustenta.

O ser caminhava com algo de prata

E minha razão a isto estava bem atenta,

Pois o brilho daquela espada opulenta

Buscava um novo coração para sua ata.

O meu sustento, a razão, logo pede licença,

E lanço-me de peito aberto à imensidão

Para, assim, o ser marcar a sua presença,

Nas entranhas de meu abominável coração

Que, de idiota, jorra imensas lágrimas e pensa:

O sonho adentrou-me o desejo, que satisfação!

Daniel S Gomes
Enviado por Daniel S Gomes em 13/11/2009
Código do texto: T1920880
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