O soneto, a ordem e a dúvida

Tenho andado em lugares onde me divido

Lá tudo que se encontra comigo embaça

Como árvore que vira lenha e fumaça

Lá não sou forte, desconstruo e duvido

Como tal e coisa que está entre dois mundos

Como canto e discurso mastigado engolido

A boca eloquente(mente) quieta, se dá a gemidos

Que destes, pontos de escolha, oriundos

Os raios ou a sombra? Para morte ou para a vida?

Na dualidade há encanto, mais que a louca clareza.

A força ou a debilidade? A tristeza ou a Luz?

Dormir ou prosseguir ? Ao descazo ou a cruz?

O que sabes tu? se tens de tudo, tanta certeza ?

Pois duvides, não como fim mas, ponto de partida.

Persona
Enviado por Persona em 13/11/2009
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