O soneto, a ordem e a dúvida
Tenho andado em lugares onde me divido
Lá tudo que se encontra comigo embaça
Como árvore que vira lenha e fumaça
Lá não sou forte, desconstruo e duvido
Como tal e coisa que está entre dois mundos
Como canto e discurso mastigado engolido
A boca eloquente(mente) quieta, se dá a gemidos
Que destes, pontos de escolha, oriundos
Os raios ou a sombra? Para morte ou para a vida?
Na dualidade há encanto, mais que a louca clareza.
A força ou a debilidade? A tristeza ou a Luz?
Dormir ou prosseguir ? Ao descazo ou a cruz?
O que sabes tu? se tens de tudo, tanta certeza ?
Pois duvides, não como fim mas, ponto de partida.