Soneto das duas faces
Momento atônito de desespero
Angústia exarcebada e mergulhada
Numa extensa cosmovisao sem esmero
Pela palavra acariciada
E deturpada de uma quimera
Que constroi uma essência,
Mas corroi com singeleza
A forma de toda uma existência.
E corrompe a entrada d’uma aura
Na exatidão desta certeza
De presenciar a agonia d’alma.
E, assim, dentro de mim sai a vileza
Para adentrar a virtude de calma
Constante e desvairo incessante.