NADA É O SER QUE É TUDO.
Nada é o ser que é tudo. Nada ele sabe
Da vida, inversa d’alma gêmea, a morte.
Não há quem o vão destino lhe suporte
Ad infinitum. Vive o que lhe cabe.
Mesmo que de saúde se gabe
E engane-lhe a incerteza dessa sorte,
Por mais que a fibra humana seja forte
Inevitável é que se desabe.
Viver o enigma do amanhã, só vive
O incauto visionário que, na fé,
Migalha neste chão seu usufruto.
E mesmo que a ilusão assim o motive
A ser na vida aquilo que não é,
Na morte a vida rende-lhe tributo.
Nada é o ser que é tudo. Nada ele sabe
Da vida, inversa d’alma gêmea, a morte.
Não há quem o vão destino lhe suporte
Ad infinitum. Vive o que lhe cabe.
Mesmo que de saúde se gabe
E engane-lhe a incerteza dessa sorte,
Por mais que a fibra humana seja forte
Inevitável é que se desabe.
Viver o enigma do amanhã, só vive
O incauto visionário que, na fé,
Migalha neste chão seu usufruto.
E mesmo que a ilusão assim o motive
A ser na vida aquilo que não é,
Na morte a vida rende-lhe tributo.