Um Peregrino Diante do Mar

“A desgraça foi meu Deus!”

Arthur Rimbaud.

O coração peregrino é um incógnito mar

Que de admirar da praia dos sentimentos

Avistei nas ondas por um breve momento

A ilusória esperança lutando a se afogar.

“Salve este último ser que te dá alento!”,

Pandora aos meus ouvidos veio indagar

Para que eu não ficasse apenas a observar

A triste cena inerte, sem nenhum intento.

Meu corajoso íntimo logo veio a flamejar

E atirei-me ao mar para evitar o desastre

De ser cúmplice da esperança a suicidar

Mas ao travar no meu intimo um embate

Decidi de a curiosa Pandora me vingar

Sufocando o que ela veio a aprisionar.

Daniel S Gomes
Enviado por Daniel S Gomes em 11/11/2009
Reeditado em 24/11/2009
Código do texto: T1917573
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