Dor cruel!...

Não sei se sonho tanto... Dor cruel!...

Se tu promulgas um ordinário rei...,

Não vês que sou ledo, oh!, pelo que sei?...

— Na formosura e amplidão do céu?!...

Oh! Não sei morrer; pois morrer não posso!

— Nos prazeres daquela felonia...

Tem mor escudo na negra agonia,

Destarte — revelaste um grã molosso!

Enquanto, eu aturdido — voo em vão...

Rumo às estrelas — na equanimidade —

Caio nas cinzas do “funéreo chão”!...

— Nas amplidões da inveja e nulidade,

Que assombram os cantos na sofreguidão...

— Chora na sepultura — a vil deidade!

Pacco

Pacco
Enviado por Pacco em 11/11/2009
Reeditado em 21/03/2024
Código do texto: T1917361
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