Um vivo-morto
Eis que finalmente me convenci, ó desgraça!
Que meu coração bate desafortunadamente
Perdido do compasso, por aquela moça
que apesar da culpa me beijava novamente
Não me satisfaziam aqueles beijos sem graça
Por não ser a mim que ela tinha em mente
Mesmo assim perco a razão quando me abraça
E quando meus lábios tocam sua pele ardente
Sem saber o que procuro, dela eu nada espero
E a cada dia mais nesta farsa me envolvendo
Busco forças para não me entregar ao desespero
Sempre mais distante vejo-me enlouquecendo
É a pura verdade, nunca fui tão sincero
Sem aqueles lábios sinto que estou morrendo