AH...O LUAR...


Quero ver-te deitado em plena lua,
quando a madrugada é desatinada.
Ficar sobre ti, quietinha e calada,
enquanto tu palmeias a pele nua.
 
O céu como cúmplice tudo via,
do nosso amor secreto e duradouro,
e nos arremessava nuances d’ouro,
 a estrela como há anos não fazia.
 
Ornamentava o amor com tantas cores,
cobria de encantos a paixão sentida...
Como gotas d’orvalho sobre as flores.
 
E permanecemos na areia estendidos,
com a lua lá do céu dando guarida.
São amores pelos astros permitidos.
 
  ****************************

Presença dos versos do Poeta Jerson Brito. Obrigada,querido amigo.

No cenário aprazível retratado
Dois amantes em pura sintonia
Sob a luz d'uma dama que alumia
Testemunha do encontro, do pecado...
                               
                                         Jerson Brito.
                                         Porto Velho-RO

**********************************
Belíssimo poema do Mestre Oklima embeleza
esta página. Obrigada amigo.



LUARADA

Ela achegou-se, vaporosa e nua,
à banheira do mar, e luz se fez.
Enxugando, nas nuvens, a nudez,
vestiu-se d’ouro e transformou-se em lua.

Sobre o mar irisando o tom da tez,
vagueando os velames da falua,
conseguiu alcançar o chão da rua,
sofreando do amor a timidez.

Dos amantes o manto ela proveu.
Proveu de prata a cor dos namorados
beijando-lhes o branco beijo seu.

E foram tantos beijos demorados,
tanto eterno de jura aconteceu,
tantos romances foram renovados,

que a lua entre nuvens se escondeu
e me excluiu do rol de apaixonados,
segregando do amor apenas eu!

                          Odir...De passagem...





Elen Botelho Nunes
Enviado por Elen Botelho Nunes em 10/11/2009
Reeditado em 13/11/2009
Código do texto: T1915716
Copyright © 2009. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.