Nas trevas, há luz !

Queria gostar do teu branco,

mas, algo me mostra o escuro,

a ponta, o fio e o tranco;

as letras negras no muro.

Da calmo, às vêzes, enjôo,

vomito os carinhos que comi;

então, fico mais leve e vôo,

esqueço o amor, que engoli.

Queria amar o teu claro,

igual amo o preto e o opaco,

igual amo o sujo e o breu.

E não sei porque, o meu faro

já percebeu que o meu fraco

é o teu imundo; mundo teu !