Soneto de amor que quer ser verdadeiro

Queria ser de verdade, pobre mortal

Como a parede, por giz, riscada

Queria ser eterno, ser sincero

Qual amor...tamanha galoada!

Me inspirou foi tu, canção

Doce sepulcro de mortos gentis

Que ao nascer, amor escolheu

Mas ser mísera paixão, desgraçado, não quis!

Desejou como quem deseja a vida

Ser amor daqueles bem venturados

Aspirou de uma aspiração desmedida

Mas paixão ficou, aqui guardado

E aprisionada está, tão contida

Que de chorar coração, há de morrer afogado!

dhália
Enviado por dhália em 10/07/2006
Código do texto: T191448