Iandara
Iandara
Contemplar-te é armadilha de rigor
paradoxo de insana contradição
desapareça a própria luz ao olhar
e tua imagem pungente surgirá
Perfeição ofuscante, veemente
transgrediu-me a alma, antes descrente
brincando livre entre devaneios
subvertendo utopias deste reino
Menina dos meus olhos morena
faz de toda pupila um espelho
a confessar deslumbrante enleio
Essência do que há de impossível
real experiência do infinito
és inteira, em olhar e sorriso