Súplica à  Yemanjá!
 

Com meu respeito, minha Mãe, peço licença
pois vou entrar no reino teu, nas tuas águas,
para pedir-te que me livres dessas mágoas,
da rude dor, que a mim maltrata, sem detença.
 
Oh! Yemanjá! Embora nada a mim pertença,
nem mesmo as ondas que, em meu corpo, aqui deságuas,
mas são bem grandes meus penares, minhas fráguas,
que eu vim aqui chorar a dor, que é grande e densa.
 
Oh! Minha Mãe! Sou grão de areia, sou pequena,
rogo-te a paz, a terna paz, tão desejada,

as águas minhas, já verti, estou cansada.
 
Benção, ó,Mãe! Ashé! Tem dó de mim, tem pena,
(as minhas forças são escassas, quase inertes):
eu vim aqui, rogar-te, Mãe, que me libertes.

Edir Pina de Barros (Flor do Cerrado)
Enviado por Edir Pina de Barros (Flor do Cerrado) em 09/11/2009
Reeditado em 18/12/2012
Código do texto: T1913823
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